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sexta-feira, 13 de junho de 2008

ALGUNS COMENTÁRIOS E CONSIDERAÇÕES



Foram deveras interessantes as mais diversas reações relativas à postagem do questionário à Dona Lygia e tanto que, havendo antes resolvido não comentar, acabamos entregando os pontos e resolvendo abrir mais esta postagem tentando, talvez, fazer entender o que por si já está explicado, bastando para tal, que as leituras sejam feitas sem IDÉIAS PRECONCEBIDAS, como sempre indicamos que sejam.

É claro que uma grande maioria compreendeu bem a mensagem (graças a DEUS) e percebeu, não só a importância da matéria em si, como também a oportunidade que estavam tendo de conhecerem como a UMBANDA, anunciada como querem alguns, criada como querem outros, pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas foi determinada e é preservada pela família de Zélio de Moraes, independentemente de como ocorrem as demais. Agradecemos a todos os que assim entenderam.

Como mesmo com todas as explicações, ainda parecem ter permanecido dúvidas quanto a isto ou aquilo, vamos tentar dirimi-las na medida do possível, de antemão pedindo desculpas para os que, ainda assim, não conseguirem entender.

Abordemos como primeiro tema ORIXÁ MALET, que parece ter sido motivo de inúmeras incompreensões.

Interessantíssimo como o termo "orixá" adotado por uma entidade que era um ESPÍRITO e não um "ORIXÁ DE NAÇÃO" causou reações até esquisitas. Interessante porque existe um grupamento dentro das Umbandas que ainda acha que espírito (qualquer deles, seja na Umbanda, Quimbanda ou Kardecismo) não pode dar o nome que bem entender e acham, inclusive, que esse nome tem a ver com o nome real do espírito (na imensa maioria das vezes) ou o que teria tido quando em qualquer "vida" e que não sejam de grupamentos (falanges) que eles mesmos criam e com as quais trabalham.

Interessante porque ao lerem "Orixá Malet", talvez por escassos conhecimentos ainda, nem sabiam que a Linha de Malei, Malê ou mesmo Malet (apenas formas diferentes de escrever, mas a mesma linha) é de entidades sabidamente quimbandeiras (metá-exu, como dizemos) que, por isto mesmo encontram, quando trabalhando sob comando ou coordenação de não quimbandeiros, acesso, tanto aos Planos de Umbanda como de Quimbanda, exercendo funções de intermediários entre os dois planos, trabalho este que entidades não mais quimbandeiras já não fazem por não precisarem - uma questão de especialidade e não de demérito para uns ou outros. E mais interessante ainda quando se percebe que parecem desconhecer que os Exus da Lei de Umbanda - os espíritos das falanges de Exus já consagrados como tal (nem todos o são) - fazem hoje o mesmo tipo de trabalho que fazia Orixá Malet - intermediam ou "giram" nos dois planos executando seus trabalhos sob ordens e/ou coordenação de entidades maiores, porque se não for assim e eles exigirem ordens de comando total, aí a coisa pega. Volto a afirmar taxativamente, sem qualquer medo de poder estar errado: Terreiro que se diz de "Umbanda" e que é comandado por Exus ou outros quimbandeiros, não é de Umbanda e sim de Quimbanda, por mais que respeitemos esses auxiliares de valor. NADA CONTRA, desde que trabalhem para a CARIDADE, a não ser quanto às complicações de entendimento em relação a rituais e práticas que esses terreiros adotam como tônica de seus trabalhos que NÃO SÃO DE UMBANDA e que passam a ser entendidos como tal pelo fato de chamarem-se de "Umbandas".

Numa analogia até bem grosseira, mas explicativa, se uma Clínica for aberta e nela trabalharem açougueiros e não médicos cirurgiões especialistas, por mais que se digam Clínica de Cirurgia Plástica, não o serão. Podendo até virem a ser um dia, se esses açougueiros forem aprendendo com os especialistas e sob suas tutelas, porque se não for assim...

Estou desmerecendo o trabalho de um ou de outro? Não! Estou apenas colocando cada um em seu devido lugar, como também deve ser na Umbanda e Quimbanda - cada um em sua especialidade e trabalhando com os instrumentos e técnicas que conhecem e para os quais foram treinados!

Como bom quimbandeiro, Orixá Malet, com toda certeza, trazia em sua falange entidades ainda mais "densas", ESPECIALISTAS em travarem confrontos ou mesmo em se imiscuírem nesses planos e conseguirem, através disto, melhores resultados em trabalhos de demanda e magia, exatamente como nos diz Dona Lygia, o que, por si só, já explicaria o sarapatel para Ogum (pra quem conhece Umbanda e Quimbanda).

Ogum de Malei, Malê ou Malet que, como todos deveriam saber, é um tipo de linha, falange ou grupamento que recebe ofertas em ENCRUZILHADAS inclusive e principalmente, naquelas em que passam linhas de trem. Ou será que isto mudou? Ou será que isto não foi repassado aos mais novos?

Quanto ao fato ainda dele ter se apresentado como malaio e isto ter causado "estranheza" para alguns, para que se entenda é preciso que aprendam-se que no astral não existem FRONTEIRAS como aqui e o espírito que viveu na África, na Índia ou mesmo na China, pode atuar sobre médiuns aqui mesmo. Aliás, se houvessem fronteiras na espiritualidade, provavelmente os "orixás", voduns e inkices, todos africanos, também não aportariam por aqui ... ou só eles poderiam por serem africanos?

Será que pode haver algum tratado de exclusividade África/Brasil no Mundo Astral?

E lembremos ainda que, se levarmos em conta ter sido o Padre Malagrida na posição de um Caboclo quem anunciou Umbanda, este (Gabriel Malagrida) também não era nem africano e nem brasileiro. Será que isto muda alguma coisa?

Uma pessoa nos chegou e, com ar de "doutor", quis explicar que os malaios nem sequer eram chegados aos cultos africanos e tinham em maior parte, se não me engano, o islamismo como religião, por isso achava muito estranho...

Mas e daí? Quem foi que afirmou alguma vez que para trabalhar na Umbanda algum espírito tenha que ter tido relações com o africanismo? Onde isto está afirmado? Se fosse assim, ainda nos prendendo ao padre Gabriel Malagrida (Caboclo das Sete Encruzilhadas), teríamos que concluir que ele também não era "espírito umbandista" e nem poderia trabalhar na Umbanda que criou, anunciou ... e nem mesmo a imensa maioria dos Caboclos que nunca pisou ou ouviu sequer falar em África e seus cultos, pelo menos quando em vida.

Então, não percamos mais tempo com isso.

Houve também, como já era de se esperar, uma reação muito estranha em relação ao não uso de atabaques (e nem de palmas, como pude observar) nas giras da TENSP e alguns chegaram intuir (por conta própria, já que não existe nada no texto que isto afirme) que "suas umbandas", neste caso, não seriam então mais "umbandas".

Creio que é pura compreensão de cada um, em acordo com seus conceitos próprios e/ou adquiridos (e um pouco de indignação inútil), já que o fato de na Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas este instrumento não ser usado, nunca ter desmerecido quaisquer das outras Umbandas. Eu, pelo menos, não consigo ver assim. Talvez até visse se me sentisse agredido pela prática alheia de alguma forma, o que não aconteceu ou acontece em qualquer momento do questionário.

É interessante também observarmos um detalhe da resposta de Dona Lygia que TEM FUNDAMENTO, É VÁLIDO COMO OBSERVAÇÃO e percebe-se em quase todas as vertentes de quase todas as Umbandas : "Se houve mudanças em Tendas criadas por meu avô, isto não é de nossa alçada."

Quem acompanha alguns autores atuais sobre assuntos de Umbanda e sabe de suas procedências, percebe que, ainda que tenham sido "iniciados" por "este" ou "aquele", apresentam hoje teses, não só complementares como também totalmente díspares das que certamente receberam em vista de terem sido "iniciados" desta ou daquela maneira, a ponto de seus "iniciadores", com certeza e em sã consciência, não adotarem esses novos caminhos. Se as Tendas criadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas também adotaram novos rumos, práticas e técnicas, isto não constitui anomalia alguma e é quase regra geral.

Onde eu quero chegar? Simples: Não se conhece a nascente analisando-se apenas as águas de suas derivações! Espero que compreendam!

Um trecho que vale a pena comentar está em quando Dona Lygia nos responde sobre o possível reaparecimento do Caboclo das Sete Encruzilhadas (estamos falando aqui do mesmo espírito - Gabriel Malagrida - e não de um falangeiro com o mesmo nome ritual) em uma outra médium, com novas orientações sem que o mesmo sequer lhes tenha avisado sobre.

Uma certa pessoa afirmou ser muita pretensão e até uma tentativa de posse da entidade ao ler este trecho: "O Caboclo continua tendo o seu Centro, a TENSP, com excelentes médiuns incluindo a filha carnal de Zélio de Moraes, sem qualquer mudança nas suas diretrizes e práticas desde a sua criação. Assim sendo me causa certo estranhamento que ele possa ter escolhido um médium sem nenhum contato com esta casa para se manifestar. Além disso, segundo informações recebidas através de outras entidades que com ele trabalhavam na TENSP, o Chefe, após cumprir sua missão junto a Zélio de Moraes, já estaria em esferas ainda mais elevadas do astral superior, não mais realizando trabalhos em nosso plano."

Ou estava de brincadeira ou demonstrou muito pouco conhecimento sobre espíritos que se tornam "FAMILIARES" e seus cuidados para com essa "família".

Só sintetizando: Chico Xavier deixou uma "chave", uma senha com os seus, segundo eles mesmos, que o identificará em caso de sua aparição em algum outro lugar de forma que possam reconhecê-lo e, mesmo assim, sem o saberem, já houve quem tentasse dizer que o Chico estaria "baixando" por aí.

Compreenderam onde quero chegar? Já tem gente querendo as "glórias" de estar trabalhando com o bom velhinho e bem longe da família.

Na Umbanda temos o Ponto Riscado de uma entidade que é PARTICULAR e, como já expliquei, pode até sofrer algumas PEQUENAS modificações em casos de mudanças de médium e em relação à coroa, de formas e objetivos de trabalho, MAS NUNCA RADICALMENTE, porque se fosse assim, não haveria razão de ser como ELEMENTO IDENTIFICADOR - seriam apenas rabiscos transitórios.

Esta "CHAVE", esta "SENHA" tem que ser imutável e qualquer tentativa de "explicações" sobre mudanças radicais é totalmente infundada e segue uma tendência atual de se tentar justificar "mudanças" no que era obrigatório de uma forma e agora, só porque querem ou precisam, "pode ser de outra".

Não pode! E se "puder", NÃO É UMBANDA ou NÃO É O MESMO ESPÍRITO!

Não sei se já disse aqui ou foi objeto de debate, mas se não disse, aí vai.

A importância de um PONTO RISCADO é tanta no reconhecimento de uma entidade, que ATÉ A FORMA DE RISCAR (a ordem em que riscam cada elemento que o compõe - uns após outros) identifica ou não o verdadeiro dono do riscado.

Aprofundamentos sobre isto, se preciso forem, à parte. E se você ainda não atentou pra isso, comece agora, porque assim como existem na terra falsificadores de assinaturas, no Astral também os há!

Esperamos ter explicado um pouco mais, embora praticamente tudo o que está explicado agora estivesse implícito, nas entrelinhas, como bem gostam de nos ensinar nossos amigos lá do outro lado.

Que a PAZ DE OXALÁ nos equilibre, a todos, agora e sempre!

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